Acontece em Lisboa
Palacio Foz

A história do Palácio Foz está repleta de mudanças e de adaptações da sociedade as várias vicissitudes que o tempo urde ao longo dos séculos.
O prefácio começa no já longínquo ano de 1711 quando os Marqueses de Castelo Melhor adquirem, uma capela que se erguia perto da Calçada da Gloria. Anos mais tarde, o grande terramoto de 1755 destrói muito das edificações que se encontravam no local, e o palácio inicia mais um pagina cujo paragrafo começa com a sua reedificação, deste feita mais próximo do Passeio Publico de então.
A narrativa poderia ter ficado por aqui com mais ou menos percalços, mas não estava fadado assim. Com a sua venda ao 1º Marques da Foz pela 6ª Marquesa de Castelo Melhor abre-se um novo capitulo que inaugura um período de sumptuosas decorações com objectos valiosos que incluíam, entre outras, obras de Rubens, Rembrandt, Boch e porcelanas de Saxe.
As festas eram famosas e acolhiam nos seus salões a considerada, na altura, nata da sociedade lisboeta, que por ali assistia a operas de Verdi e Puccini além de participarem em requintados banquetes.
O nível de despesa era tal que o Marquês após uma dezena de anos abriu falência, o recheio que lhe conferia glamour leiloado e o palácio alvo de hipoteca. Depois disso as salas foram alugadas a fotógrafos, modistas, clubes, ginásio e até “O foi Maxim’s” teve ali o seu espaço.
Na sua cave, a “Abadia” inaugurada em 1917, é nos dias de hoje uma pérola escondida tanto pela sua decoração como pelo uso que teve.
Estes e outros são motivos mais do que suficientes para aguçar a curiosidade para uma visita inesquecível a um dos edifícios mais versáteis e charmosos da cidade de Lisboa.