Desenhar e conceber um bom programa cultural para além de ser um grande desafio envolve muitas valências artísticas bem como um vasto conhecimento não só do tema versado como da dinâmica que se pretende transmitir a um publico obrigatoriamente heterogéneo.
Tal como a música com qualidade que tem a capacidade de elevar o espírito humano a patamares muito acima da esfera das preocupações quotidianas, um bom programa incita o publico a aprofundar o seu saber e a aumentar o seu respeito pela diferença e pelo próximo.
São Francisco Xavier com a sua enorme dimensão espiritual e humana conseguiu atrair, mesmo no século XXI, o interesse e a dedicação de pessoas reconhecidas pela seriedade e qualidade do seu criterioso trabalho como seja Jordi Savall que há bem pouco trouxe ao grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian a “Rota do Oriente” baseada nas viagens do Santo.
O museu de São Roque, inclui também ele na sua programação, e a propósito das comemorações do 4 centenário da beatificação do Santo, um roteiro cultural onde se propõe um encontro com as civilizações orientais que  Xavier conheceu.
Outubro foi dedicado à riqueza do povo da Indonésia, com documentários, conversas, gastronomia tradicional, demonstrações em Batik e claro danças e músicas típicas da região, incluindo o famoso gamelão de Java.
Incansáveis os bailarinos exibiram um repertório diversificado a uma sala cheia e visivelmente seduzida pelo exotismo dos trajes e movimentos.
Sempre atentos e com uma forte vontade de ampliar a divulgação do saber, a equipa partilhou com visível alegria as oficinas que o museu passa a oferecer aos mais pequeninos, desde a tenra idade de seis meses. Um motivo de regozijo e orgulho não só para o museu, mas para toda a população.

Ver Artigo Completo