Nascida em Turim era a segunda filha de Vítor Manuel II, Primeiro rei de Itália e da arquiduquesa de Austria, Adelaide.
Como princesa de corte europeia teve uma educação a altura da sua posição, estudou gramatica, geografia, historia, desenho e musica.  Cedo órfã de mãe, o pai oferecia-lhe prendas para mitigar a dor e a ausência.
Pedida em casamento, ainda jovem, pelo príncipe Luis Filipe, feito rei por morte prematura de seu irmão D.Pedro V, teve uma recepção em Portugal digna de um conto de fadas. O povo acolheu-a com grande entusiasmo e a pompa do seu casamento na igreja de São Domingos prova o quanto era desejada.
Foi rainha numa corte de artistas, o seu sogro D.Fernando de Saxe-Coburgo-Gota ficou conhecido para a posteridade como o Rei artista, a quem Portugal tanto deve, e Luis o Rei e seu marido, com uma educação esmerada, dedicou-se também ele as artes, tocando mesmo violoncelo Stradivarius, que se encontra actualmente no museu da musica.
Longe de ter tido uma vida de encanto, cedo sentiu a amargura de ser preterida pelas muitas amantes do marido. Compensava a falta de afecto com luxuosos fatos de finos tecidos e despesas exorbitantes, muitas feitas em Paris, granjeando-lhe noticias publicas pouco abonatórias.
É-lhe atribuída a frase – Quem quer rainhas paga-as.
Fez-se retratar com um fino vestido azul, sem perolas a ofuscar a sua natural beleza, hoje espolio do Palácio Nacional da Ajuda, onde viveu e cuja decoração espelha o seu gosto pelo conforto.
Inegável o seu papel de mãe extremosa, nunca negou apoio a todos os que a ela recorriam, mostrando carinho por todos quantos sofriam. Ficou para a posteridade como o anjo da caridade e a mãe dos pobres.

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