Durante alguns séculos o culto ao mártir ibérico São Vicente alastrou-se pelo território que seria Portugal.
Sob as ordens de D.Afonso Henriques o corpo do santo foi resgatado aos sarracenos que dominavam Sagres e trazidas para Lisboa, conquistada aos árabes em 1147.
A veneração dos habitantes foi imensa e em 1173 foi proclamado o santo padroeiro de cidade.
Entre 1191 e 1195, nasce perto da Sé, Fernando Martins de Bulhões, filho de ricos comerciantes e mais tarde conhecido por António, nome que recebeu quando entrou na ordem de Frades Menores de São Francisco. O martírio dos 5 frades franciscanos em Marrocos despertou em António a vontade de pregar a fé cristâ. Partiu para o norte de África onde desembarcou no inverno de 1220, mas uma doença persistente obriga-o a regressar. O navio que o trás de volta enfrenta uma violenta tempestade e acaba por ser desviado para as costas da Sicilia, onde é tratado.
O dom da sua oratória é então reconhecido, não sendo alheio o facto de ter recebido formação intelectual em Santa Cruz de Coimbra. O seu conhecimento profundo das escrituras dava as suas palavras uma autoridade invulgar que acompanhado por um enorme poder de comunicação, arrebatava o coração dos ouvintes.
Morreu a 13 de Junho, de 1231 já sendo por muitos considerado santo.
Foi canonizado a 30 de Maio de 1232. e o povo acolheu-o como o seu santo popular.
Nas imagens aparece vestido de franciscano. quase sempre de pé com uma face jovem e sem barba, na mão esquerda costuma ter um livro, aludindo a sua vasta sabedoria e a direita faz um gesto explicativo, aludindo ao grande pregador e conciliador que foi.  O lírio simboliza a pureza do seu coração. Sobre o livro muitas vezes aparece o Menino Jesus simbolizando o seu amor ao Deus Menino.
Como é tradição no dia 13 de Junho de 2017, Lisboa compareceu para acompanhar em procissão o seu Santo.

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