Acontece em Lisboa
Uma maneira de ser moderno

Dá-me os meus olhos, ladrão

…..

Os olhos nunca se tiram e não servem senão ao dono

Dá-me os meus olhos, gigante

…..

(in os Olhos de Gigante de Almada)

E não é o ver o sentido que Alberto Caeiro mais idolatrava? E não são os olhos os instrumentos do ver?.

“….Só quis ver como se não tivesse alma

Só quis ver como se fosse eterno…..” Alberto Caeiro

No dia 3 de Fevereiro de 2017 a Fundação Calouste Gulbenkian abriu as suas portas a obra multifacetada de Almada Negreiros, esse mesmo Almada que foi pintor, desenhador, ilustrador, caricaturista, poeta, escritor, bailarino, …., enfim um artista, um homem do mundo que quis rasgar novos horizontes, criando novas linguagens e novas referências, as da modernidade.

Admirador confesso de Leonardo Da Vinci, Goethe e Voltaire, achava a Renascença a idade dos verdadeiros artistas, indivíduos enciclopédicos, libertos de uma profissão por serem mestres em todas. (Conferência Artes e Artistas de 1993)

Mordaz e crítico o humor era uma das suas características bem conhecidas, assim como a capacidade de fazer “escândalo”. É sabido que saltava pelas mesas da Brasileira até ao fundo para se sentar na última e que tinha um galgo com o qual passeava na rua pintado de verde. Verde era aliás a cor que correspondia a Almada no jogo iniciático de designação por cores, desenvolvido num círculo de amigos próximos

Remetendo agora o leitor para os quadros da exposição, percebe-se porque é que Almada estava na vanguarda da criação estética.

A sobreposição de cores, os motivos geométricos interligando-se entre si e com as figuras, criaram contaminações deliberadas e  justificaram a sua missão de ser arrojado e diferente.

As obras expostas numa sequência fluida distribuíram-se por dois pisos e só podiam ser corretamente interpretadas pelo olhos de um pintor e por um olhar que inflamasse todos os sentidos.

No piso inferior o visitante encontrava uma verdadeira casa de histórias, eram exemplo disso os 64 desenhos inéditos que contavam a história trágico-cómica do naufrágio de várias pessoas ao largo da insula de Moledo do Minho, depois de apanhadas por uma tempestade.

Nesse mesmo piso também se podiam ver os esboços preparatórios dos painéis das Gares Marítimas de Alcântara e da Rocha do Conde de Óbidos em que Almada se baseou na história da nau Catrineta, do seu capitão e dos desafios que tiveram de enfrentar. Uma evocação ao sacrifício do povo português

O resto, bem o resto é uma interpretação pessoal que nunca se poderá dissociar da bagagem humana e cultural de cada um – PIM

Mãe! Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei

 

Fundação Calouste Gulbenkian

de 03-02-2017 a 05-06-2017

Uma Maneira de ser Moderno
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