Os crimes contra os direitos humanos são uma constante que demonstra o ainda primitivismo da nossa espécie.

A Operação Condor, foi um plano militar iniciado em 1975 longe dos holofotes do mediatismo e tinha como objectivo calar vozes da oposição sobretudo em países da América Latina (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai, Paraguai). Por ser secreto poucos sabem da sua existência, as fotografias de João Pina patentes no torreão poente estão lá para nos lembrar as atrocidades para com aqueles que tem como delito, a opinião.
Nas paredes da exposição pode ler-se:

“Cicatrizes não se transferem
Foi depois de fotografar 25 ex-presos políticos portugueses em 2005, que o fotografo João Pina passou a conhecer a conviver com a Operação Condor, o plano secreto que em 1975, durante a guerra fria, “irmanou”, seis países latino americanos:Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai e Paraguai. Todos vivendo sobre o regime militar de extrema-direita tinham a intenção de fazer calar os que pensavam de “outra maneira” e eram chamados de “ameaça comunista” e de “subversivos”. Foram presos, torturados e assassinados. Muitos deles continuam desaparecidos, suas famílias devastadas e nós, que aqui estamos, também vitimas desses mesmos crimes porque essa ausência não pertence apenas aos que estão “do lado de lá”: não podemos continuar a ser indiferentes a um passado como se ele não fizesse parte da nossa realidade, do nosso futuro sempre a beira, em um mundo contemporâneo que agoniza por respostas e justiça.”

“……A indiferença de uns poucos marcam-nos a todos.”


Nascemos com o direito a ser feliz mas é importante não esquecer, desde que essa felicidade não colida nem belisque a felicidade dos outros.

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