No dia 7 de Setembro a Galeria de Pintura do Rei D.Luis I no Palácio Real da Ajuda abriu as suas portas ao mestre catalão Juan Miró onde até 8 de Janeiro de 2018 é possível apreciar 85 das suas obras cujo programa artístico está longe de se enquadrar nos parâmetros clássicos convencionais.

Logo na primeira sala se sente que as telas são palco de experiências gráficas e pictóricas arrojadas, vários materiais são explorados numa linguagem bem diferente daquela a que os sentidos estão habituados facultando ao visitante significados distantes do obvio, convidando-o a entrar num universo de abstração.

Na materialidade crua dos suportes físicos utilizados estes metamorfoseiam-se em várias leituras que apelam a imaginação, mechas de fio funcionam como salpicos de tinta, baldes e feltros assumem as qualidades físicas da tinta, as tapeçarias são telas, os arames são linhas desenhadas e linhas sumárias definem movimentos.

Suspensa no tecto para que a frente e verso possa ser vista, a tela cortada e incendiada representa o ciclo de destruição e criação. Destruição da função decorativa e de luxo e criação de uma nova abordagem artística

Ao sair para a largo do Palácio tem-se a certeza que o limite que podemos alcançar está na nossa imaginação que cresce sempre que exploramos novas fronteiras.

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