Nunca a espécie humana viveu a perceção da relatividade da dimensão tempo como nos momentos presentes.
Somos por natureza curiosos e na nossa ansia de comunicar com os outros criamos as palavras, os sons, os gestos para melhor partilhar os pensamentos e as ideias.
Neste movimento coletivo levamos o nosso conhecimento a patamares não imagináveis há décadas atrás.
Comunicação está agora em todo o lado e a tecnologia foi o motor que desencadeou esta nova era de interligação, os dados passam por nós a velocidades vertiginosas, iguais a da própria luz.
Inventamos a possibilidade de comunicar através do tempo, registamos para as gerações seguintes o resultado das nossas experiências, do nosso saber para que os nossos descendentes saibam como como vivíamos e desta forma tornamo-nos eternos.
A diversidade das civilizações demonstra o quanto queremos ter parte ativa e o quanto não queremos ser meros autómatos que se limitam a copiar.
Inventamos os símbolos, as palavras, a comunicação gráfica , e a próxima fronteira ,a realidade virtual , irá dar voz a uma nova realidade de vida.
Mas estas alterações tem um preço alto, para o qual muitos não estão preparados. Vive-se num ambiente de anestesia emocional, de atrofia da memoria e de uma tremenda falta de afetos.
Sendo a comunicação a argamassa do tempo moderno e de tão fácil aquisição ficamos empanturrados com ela e não raras vezes incapazes de uma correta seleção.
Esta distração pode custar-nos muito caro porque:
Conhecimento é poder e por ser tão poderoso há quem o queira só para si.
Depois, os corajosos dão vida para tentar recuperar esse mesmo poder que é herança de todos desde o momento em que nascemos.
Love and Information é uma peça que ilustra as turbulências, as questões e as abstrações que afectam a nossa humanidade.

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