A noite já há muito tinha envolvido os seus amantes num rodopio de
sonoridades exóticas e arrebatadoras quando o palco se vestiu de um manto de fumo vermelho para acolher frequências de uma harmonia bem peculiar transportando todos os presentes a um universo algo misterioso e
invulgar, remetendo-os para rituais ancestrais com reminiscências
jazzísticas polvilhadas de Vodu.
Verificados que foram os instrumentos, o elemento das maracas colocou a mascara que logo rodou para trás virando-se de costas, assim permanecendo todo o espectaculo.
A actuação começou com um singelo toque de sino, qual ambiente
medieval, logo passando freneticamente para um batuque ritmado de
tambor.

O trompete, sempre presente, bem como as baterias e tambores criaram um contínuo de fraca amplitude mas ritmo forte quase
hipnótico em jeito de fanfarra.


O púbico em comunhão de vibração com os artistas entrou numa espécie
de transe inebriante, de tal forma que após o aplauso final ainda se ouvia
gritar incessantemente,
-Só mais uma, só mais uma

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