No palimpsesto da memória colectiva as actividades mais recentes tomam protagonismo sobre as que a patine do tempo relega ao esquecimento por ausência de interesse maior nos períodos subsequentes a sua ocorrência.
Quando retornam à luz do dia o seu eco há muito que se extinguiu surgindo como verdadeiras descobertas e podendo mesmo reequacionar teorias aceites como verdades inquestionáveis.
Os movimentos religiosos deram um sentido apoteótico a morte, mas nas civilizações mais antigas esta seria uma continuidade da vida conhecida na terra.
Por este motivo é comum encontrar artefactos do quotidiano perto dos defuntos que devem servir.
Qin Shi Huang Di conhecido como o primeiro imperador chinês deixou um legado considerável, é-lhe atribuída a unificação de vários reinos num único país, acabou com o feudalismo, cunhou moedas com caracter nacional e  iniciou a primeira construção da muralha da China.
Mal se instalou nos comandos do império lançou as primeiras pedras para o seu vasto mausoléu, uma verdadeira cidade no além.
A descoberta que agricultores fizeram em 1974, na cidade de Xian, deixou o mundo estupefacto:
Distribuídos por três valas estavam 8000 guerreiros de terracota, em tamanho natural e todos diferentes, provavelmente réplicas de pessoas que existiram na realidade.
Junto com os guerreiros, estavam cavalos, carruagens e ferramentas de uso diário.
As cores de então proporcionavam um impacto que o tempo esmoreceu.
Orientados para leste estes guerreiros estavam preparados para os ataques na defesa do seu senhor.
Com o objectivo de dar uma pincelada da existência deste achado é possível visitar na Cordoaria Nacional 150 reproduções de guerreiros e artefactos em tamanho natural aos encontrados in situ e que fizeram, e fazem, furor no meio arqueológico.

Ver Artigo Completo