“Rest in Peace”, e de paz é o ambiente que envolve o Cemitério Inglês de Lisboa. Como uma jóia bem guardada está longe dos olhares pouco atentos e passa despercebido a muitos dos que percorrem a calçada com as ideias repletas nos afazeres imediatos e para os quais não raras vezes já vão atrasados.

A luz dá contornos as campas e cria estéticas semelhantes a pequenas ilhas perdidas no meio da vegetação.

Construído após um tratado de 1654 entre os governos de Oliver Cromwell e de D. João IV, passou a acolher os ingleses não católicos que morriam na capital, pondo fim a um problema que obrigava a sepultar os protestantes a beira-mar ou nas margens dos rios em terrenos não consagrados.

Escondido dos católicos foi a ultima morada para alguns ingleses ilustres que por cá passaram, nomeadamente o escritor inglês do século XVIII Henry Fielding, que veio para território nacional como terapia para as doenças que o molestavam.

As lapides entrechocam-se dando uma leitura igualitária na morte e as flores são uma muda oração pelos que já partiram e que não voltaremos a ver.

Hoje é um lugar de silêncio de quando em vez interrompido pelo pêndulo das horas que acalma e reconforta as almas,  e o burburinho das novas gerações proveniente do liceu D.Pedro Nunes, demonstra a força do fluir da vida.

 

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